De acordo com pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mulheres sofreram mais danos à saúde mental durante a pandemia que homens. Os dados do Cenário da Covid-19 que faz parte do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (Elsa-Brasil) apontam que elas se sentiram mais isoladas e também mais depressivas, ansiosas e estressadas. Houve uma sobrecarga no trabalho, mas principalmente sobrecarga nos trabalhos domésticos.
Das 5 mil pessoas participantes, 24% das mulheres indicaram sintomas de depressão, em comparação com 17% dos homens. Outros 20% declararam sintomas de ansiedade, quase o dobro dos homens (11%). A pesquisa concluiu que as mulheres realizaram pelo menos 4 horas e meia a mais de trabalho doméstico que homens. 48% dos participantes afirmou que a carga de trabalho em home office foi maior que antes da pandemia e que não podiam controlar os horários de intervalos, bem como o horário de começar e terminar as atividades, bem como os dias trabalhados.
A insônia também foi um aspecto que afetou mais mulheres que homens, cerca de 29,6% das mulheres afirmou passar por isso. Outras 6,6% afirmaram que voltaram a beber ou fumar durante o período.