Cerca de 500 trabalhadores da JBS – Seara em Sidrolândia (MS) cruzaram os braços por cerca de 40 minutos na quarta-feira (06) em protesto ao aumento do ritmo de produção. O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Carnes e Aves da Sidrolândia (Sindaves), Sérgio Bolzan, relatou que os trabalhadores estavam reclamando há dias, mas a gerência não tomou providências, então “os trabalhadores largaram o trabalho, saíram da sala de corte e vieram ao saguão”, afirma.
Após a paralisação, o gerente de produção e o gerente de recursos humanos da unidade chamaram cinco trabalhadores e dois diretores sindicais para negociarem a volta ao trabalho.
A JBS é a maior companhia de proteína animal do mundo e registrou no segundo semestre deste ano um lucro de líquido de R$ 4,4 bilhões, 29,7% a mais do que no mesmo período em 2021, o maior lucro trimestral da história empresa.
O frango abatido e desossado no frigorífico de Sidrolândia é exportado para o Japão, União Europeia e China. Durante a pandemia, mais de 500 indígenas que trabalhavam na JBS foram afastados por serem grupo de risco, mas o ritmo de produção não diminuiu. A unidade de Sidrolândia tem cerca de 1700 empregados, 200 trabalhadores estão afastados pelo INSS – cerca de 1 a cada 10, de acordo com o Sindaves. A maioria por conta de lesões por esforço repetitivo.
Foto: MPT