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Rede Lado

dez 16, 2021

“Nenhum princípio de trabalho decente se aplica a essa categoria”, afirma estudo sobre entregadores plataformizados

De acordo com um estudo encomendado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Organização Mundial do Trabalho (OIT), nove em cada dez trabalhadores plataformizados são homens (92%), jovens (abaixo dos 30 anos), pretos ou…

De acordo com um estudo encomendado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Organização Mundial do Trabalho (OIT), nove em cada dez trabalhadores plataformizados são homens (92%), jovens (abaixo dos 30 anos), pretos ou pardos (68%).  A média mensal de salário destes trabalhadores é de 1.070 reais, que representa um ganho líquido de 5,03 reais por hora trabalhada. 

Outros dados também constam na pesquisa Condições de Direitos e Diálogo Social para Trabalhadoras e Trabalhadores do Setor de Entrega por Aplicativo em Brasília e Recife, que será divulgado inteiramente na sexta-feira, dia 17, às 10h, no Facebook da CUT. A pesquisa da CUT-OIT foi realizada por pesquisadores do Instituto Observatório Social, da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), durante 18 meses. Abrange entregadores do Recife (PE) e de Brasília (DF), com base comparativa nos dados nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A pesquisa foi encomendada com o objetivo de fortalecer a categoria e nortear ações e propostas para melhorar as condições de trabalho dos plataformizados. O estudo afirma que não há nenhum princípio de trabalho decente aplicado à categoria, além de demonstrar haver sim uma relação de subordinação entre patrão e empregado (no caso, da plataforma para com o entregador).  

Fonte: CUT