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maio 20, 2022

Reforma Trabalhista: estudo da USP aponta que manobra não gerou empregos

De acordo com estudo publicado na última terça-feira (17), pelo Centro de Pesquisa em Macroeconomia da Desigualdades, da Universidade de São Paulo (Made-USP), concluiu-se que a “reforma” trabalhista aprovada em 2017…

De acordo com estudo publicado na última terça-feira (17), pelo Centro de Pesquisa em Macroeconomia da Desigualdades, da Universidade de São Paulo (Made-USP), concluiu-se que a “reforma” trabalhista aprovada em 2017 “não apresentou efeito estatisticamente significante sobre a taxa de desemprego”. O desfecho da pesquisa descontrói o argumento do governo golpista de Michel Temer que afirmava que a “reforma” criaria entre 2 a 6 milhões de novos postos.

Os pesquisadores compararam as taxas de desemprego de 11 países da América Latina e Caribe que não passaram por mudanças nas leis do trabalho no mesmo período em que o Brasil passou. Além da taxa de desemprego, o estudo também combinou índices como o Produto Interno Bruto (PIB), inflação, câmbio, juros e criaram um termo chamado “Brasil sintético”. Compararam estes índices com os países: Bahamas, Bolívia, Chile, Colômbia, República Dominicana, Guiana, México, Nicarágua, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Trinidade e Tobago.

Entre 2018 e 2020, os resultados mostram que o “Brasil sintético” e o Brasil real tiveram comportamentos similares, isso quer dizer que, de acordo com os pesquisadores, dentro da leitura do estudo: “Os resultados obtidos não nos permitem afirmar que a reforma trabalhista de 2017 teve impacto significativo para o menor (ou maior) crescimento da taxa de desemprego no Brasil”. Além disso destacam que “o discurso político em torno dos resultados da reforma na época da sua proposta não se realizou”.