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set 30, 2021

Renda do brasileiro diminui e a fome ameaça parte da população

De acordo com estudo da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), renda da população brasileira diminuiu 9,4% durante a pandemia. Essa média inclui, também, informalizados e desempregados. O número fica ainda mais alarmante…

De acordo com estudo da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), renda da população brasileira diminuiu 9,4% durante a pandemia. Essa média inclui, também, informalizados e desempregados. O número fica ainda mais alarmante quando se olha para metade da população mais pobre, sobe para 21% de diminuição de renda.  

De acordo com o economista da FGV, Marcelo Neri, o desemprego e o desalento (pessoas que desistiram de procurar emprego), são causas que afetam diretamente. Idosos que tiveram de se retirar do mercado de trabalho por conta da Covid-19 e não restabeleceram vínculo empregatício, tiveram uma diminuição de renda de 14,2%. Nordestinos tiveram um índice de 11,4%, em seguida, mulheres que precisam ficar em casa com os filhos, com índice de 10,35%.  

Com o desemprego a 14,1% (cerca de 14,4 milhões de brasileiros) e a inflação na casa dos 10,5% no acumulado de 12 meses, brasileiros fazem fila para conseguir a “xepa da carne”, que são os restos de carcaça de boi e porco. São mais de 19 milhões de brasileiros na insegurança alimentar, segundo os dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Segurança e Soberania Alimentar Nutricional (Pessan). Em 2018, o número era de 10,3 milhões de pessoas.  

Em 2014 o Brasil saiu do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas e quatro anos depois, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2017/2018), a Pesquisa de Orçamento Familiar mostrou que apenas 63,4% dos brasileiros vivia em situação de segurança alimentar.