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maio 16, 2022

Trabalho precarizado: trabalhadores ganham menos e população negra é a mais afetada

De acordo com o boletim Emprego em Pauta do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em conjunto com dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD Contínua)…

De acordo com o boletim Emprego em Pauta do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em conjunto com dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) 3 em cada 4 trabalhadores que começaram a trabalhar por conta própria no período pandêmico não tinham CNPJ e também não contribuem para a previdência. O número de ocupados começou a recuperação no quarto trimestre de 2021 e o índice de trabalhadores por conta própria retomou o patamar pré-pandemia nos primeiros três meses do ano passado. Entretanto, o rendimento médio e a proteção social destes trabalhadores são menores do que daqueles que já eram autônomos antes. Os números mostram que a população negra enfrente ainda mais dificuldades. 

O rendimento médio dos trabalhadores por conta própria que começaram o trabalho nessa posição nos últimos dois anos equivalia a 69,1% do recebido por aqueles que estavam nessa condição há dois anos ou mais, segundo dados do quarto trimestre de 2021. Entre os mais antigos, o rendimento médio era de R$ 2.074, enquanto entre os mais novos nessa situação, ficava em R$ 1.434, aponta o Dieese. 
 
“As mulheres negras e os homens negros possuíam os menores rendimentos, tanto os que iniciaram o trabalho por conta própria mais recentemente quanto os que já estavam nessa condição antes da pandemia, na comparação com os não negros. Por esse mesmo motivo, o diferencial de rendimento entre os mais antigos e os mais recentes, no trabalho por conta própria, foi menor entre os trabalhadores negros,” estudo do Dieese.