Em agosto deste ano, por recomendação de uma inteligência artificial, uma empresa demitiu 150 funcionários, de um total de 450 trabalhadores.
A Xsolla, filial russa de uma empresa de software e serviços tecnológicos com sede em Los Angeles, estava fazendo uma restruturação na equipe e, sem aviso prévio, demitiu 150 funcionários de escritórios russos nas cidades de Perm e Moscou. As demissões foram feitas seguindo recomendações de um algoritmo de eficiência e produtividade no trabalho que considerou estes trabalhadores “improdutivos” ou “pouco comprometidos”.
Não houve outra justificativa além do julgamento do algoritmo que captava informações dos trabalhadores. De acordo com o CEO da empresa, Alexader Agapitov, em declaração à revista Forbes, era obrigado a acatar a decisão devido a protocolos internos decididos por acionistas, mesmo que não concordasse com isso. Agapitov se ofereceu a ajudar os trabalhadores demitidos a encontrarem novos empregos, porque, em sua opinião, a maioria deles são “bons profissionais”.
A Xsolla não é a primeira empresa a usar de inteligência artificial para decidir a permanência ou demissão de funcionários. A própria Amazon já faz isso. Jeff Bezos afirma que as únicas decisões imprescindíveis de serem tomadas por seres humanos são as “estratégicas”, outras decisões “ordindárias” podem ser feitas por algoritmos.