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Pela primeira vez desde que começou a pandemia do novo coronavírus, mais de 500 integrantes do mercado financeiro, entre economistas, empresários e banqueiros assinaram uma carta que pede por políticas públicas eficazes no combate ao covid-19.
O manifesto afirma que “Não é razoável esperar a recuperação da atividade econômica em uma pandemia descontrolada”. A carta é a primeira manifestação conjunta feita por representantes da área desde que a pandemia começou em março de 2020. Alguns economistas, acadêmicos e empresários fizeram comentários pontuais nos últimos meses, mas nenhum posicionamento público até então.
Em nenhum momento o nome de Jair Bolsonaro (sem partido) foi citado, o manifesto afirma que a forma como os líderes políticos lidam com a situação, para o bem e para o mal, pode fazer a diferença, por exemplo, em caso de adesão popular às restrições, o que pode ocasionar no aumento do número de casos.
“O desdenho à ciência, o apelo a tratamentos sem evidência de eficácia, o estímulo à aglomeração e o flerte com o movimento antivacina, caracterizou a liderança política maior no país”, afirmam.
Citam quatro medidas para que o combate a pandemia seja mais efetivo: aceleração do ritmo de vacinação, incentivo ao uso de máscaras (distribuição gratuita e orientação para o uso), implementação de medidas de distanciamento e criação de um mecanismo que que combata a pandemia de forma nacional, coordenado por uma comissão de cientistas e especialistas.
Bolsonaro está com um discurso diferente desde o começo da pandemia, agora, diz ser a favor da vacina, porém, continua sendo contra as restrições de distanciamento social que alguns estados estão adotando para controlar o já colapsado Sistema Único de Saúde.
Fonte: Folha de S. Paulo, Carta Capital, Brasil de Fato