O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo utilizou do aparato diplomático brasileiro para que o fornecimento de cloroquina ocorresse, mesmo depois da Organização Mundial da Saúde ter interrompido testes clínicos e associações médicas alertarem sobre a ineficácia e até sobre efeitos colaterais.
Essas informações foram retiradas de telegramas diplomáticos obtidos pela jornalista da Folha de S. Paulo Patrícia Campos Melo. Araújo irá depor na CPI da Covid no dia 13 de maio, próxima quinta-feira. Os documentos mostram contatos com a Índia para o fornecimento de cloroquina, mesmo depois dos alertas.
Em contrapartida, as negociações com o governo chinês para obter vacina só foram começar a serem feitas em novembro de 2020, até o então, não haviam sido movimentadas nenhuma negociação. Araújo sempre criticou a China e já chamou o coronavírus de “comunavírus”, afirmando ser um vírus inventado para dominar o mundo.
Fonte: Carta Capital, Folha de S. Paulo
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil