Procuradores da República que compunham a Operação Lava Jato tentaram negociar e comprar o programa espião israelense conhecido como Pegasus. As informações vieram a público após petição protocolada pela defesa de Lula no Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a defesa de Lula, mensagens conseguidas por conta da Operação Spoofing mostram que os Procuradores negociavam a compra de diversos softwares de espionagem, inclusive o Pegasus.
Estes softwares são usados para monitorar jornalistas, ativistas e opositores políticos ao redor do mundo. O programa Pegasus, por exemplo, infecta os dispositivos como computadores e celulares com vírus, com o objetivo de extrair mensagens e informações, fotos e e-mails, assim como gravar chamadas e ativar microfone secretamente.
A Anistia Internacional pediu que negociações com programas de espionagem fossem congelados pois não há um marco regulatório no setor. Nos documentos protocolados pela defesa de Lula, há mensagens trocadas entre os membros da Lava Jato com o propósito de criar um sistema de espionagem clandestina. Segundo a petição, essas mensagens evidenciam “atos processuais clandestinos e ilegais”.
Fontes: Carta Capital, Brasil de Fato, UOL