O dia 28 de junho é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.
A data teve origem na Rebelião de Stonewall Inn, em Nova York. Na época, a polícia nova-iorquina entrava em bares conhecidos por receber a comunidade LGBTQIA+ e, usando de violência, prendia e reprimia as pessoas. A partir disso, várias pessoas começaram a protestar contra a homofobia e, em 1970, foi organizada a primeira Parada do Orgulho Gay, considerada um marco civil para os direitos dos LGBTQIA+. E não podemos nos esquecer de referenciar nomes como o de Marsha P. Johnson, ativista que foi uma das principais vozes dessa revolta de Stonewall Inn e da Parada do Orgulho.
Porém, mesmo com um dia do orgulho, é importante frisar que o Brasil é um dos países que mais mata LGBTQIA+ no mundo. Registra-se uma morte a cada 23 horas de pessoas LGBTQIA+.
Os números, infelizmente, não espelham a real dimensão do problema, tendo o Brasil de Fato apresentado dados de subnotificação em 2020, inclusive por conta da pandemia.
Nos primeiros seis meses de 2021, houve uma alta no número de ameaças contra a pessoas LGBTQIA+ feitas pela internet. O registro foi de 106% entre janeiro e a metade de junho em comparação com o ano passado, de acordo com a ONG SaferNet.
Episódios recentes e marcantes não desmentem o registro. No fim de semana que antecede a data que marca o Orgulho LGBTQIA+, a transexual Roberta teve seu corpo ateado fogo. Já em rede aberta de televisão, um apresentador voltou a atacar, com agressividade, a comunidade LGBTQIA+, ligando-a à tentativa de destruir a tradicional família brasileira e à pedofilia.
A situação se agrava quando pessoas LGBTQIA+ têm de lidar com outros atravessamentos, como, por exemplo, indígenas que são homossexuais. O documentário “Terra Sem Pecado” (disponível no Youtube) traz relatos de pessoas indígenas, tratando de sua sexualidade e dos problemas enfrentados.
Mais do que orgulho, a comunidade LGBTQIA+ resiste e reafirma que ser quem se é, é mais que um direito, é uma necessidade.