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Hoje, 31 de março, completa-se 57 anos do golpe militar. A ditadura durou longos e duros anos até que a democracia fosse restabelecida. Jair Bolsonaro (sem partido) cresceu politicamente com o discurso de exaltação às Forças Armadas e ao período ditatorial.
Desde que assumiu a presidência, Bolsonaro multiplicou em 10 vezes o número de militares no governo. Nesta semana o ex-ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, foi demitido, ao que tudo indica, porque o presidente vinha cobrando manifestações políticas do Exército favoráveis ao governo e o ministro negou.
Depois da demissão de Azevedo, ontem (30), os três comandantes das Forças Armadas pediram demissão dos cargos. O ex-ministro afirmou que “Preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”, ou seja, que não iria corroborar com a cooptação de Bolsonaro para fins políticos.
O novo ministro general Walter Braga Netto, assumiu a pasta ontem, assinou e publicou uma “Ordem do Dia Alusiva ao 31 de março de 1964” para ser lida em todos os quartéis e instalações militares hoje, aniversário do golpe. De acordo com Braga Netto, as Forças Armadas assumiram em 1964 para pacificar o país.
O braço repressor da Ditadura torturou, pelo menos, cerca de 20 mil pessoas, de acordo com Human Rights Watch. Foram muitos desaparecimentos, censura e mortes. O 31 de março deve ser lembrado, jamais comemorado. Ditadura nunca mais.
Fonte: Folha de S. Paulo, BBC, Brasil de Fato, Estadão
Foto: Agência Brasil