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maio 2, 2023

Março fecha com saldo positivo na criação de empregos no país

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, a criação de empregos formais aumentou 97,6% no mês de março de 2023 quando comparado…

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, a criação de empregos formais aumentou 97,6% no mês de março de 2023 quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Em números absolutos, isso significa 195.171 carteiras assinadas a mais somente no último mês. O índice considera a diferença entre contratações e demissões no período.

Os valores interrompem um ciclo de dois meses de retração, registrada em janeiro e fevereiro deste ano. No entanto, os números de março não foram suficientes para fazer com que o trimestre fechasse no positivo e o déficit foi de 15,03% de vagas de trabalho formais em comparação com o mesmo período de 2022.

setor de serviços puxou a alta de março com abertura de 122.323 postos, seguido pela construção civil (33.641 vagas) e indústria de transformação, de extração e de outros tipos (20.984 postos). O comércio também registrou saldo positivo no mês, com 18.555 novas vagas. Somente o setor agropecuário teve fechamento de 332 vagas.

Atualmente, 42,97 milhões de trabalhadores têm carteira assinada no Brasil. Um número que é 0,46% maior do que em fevereiro e se reflete em todas as regiões do país, com destaque para o sudeste, onde foram gerados 113.374 empregos em março.

“O número de março veio acima do esperado pelo mercado, que contava com 100 mil postos. Mostra o setor de serviços ainda resiliente. Olhando adiante, há expectativa de desaceleração da criação de empregos, em linha com o processo da economia perdendo força e o resultado de aperto das condições de crédito”, analisa a economista-chefe da Latin América Coface, Patrícia Krause.

Variação de salários

Ainda que timidamente, os salários médios de admissão desses novos empregados também aumentou em março. A variação foi de 6,09 reais a mais do que o mesmo mês de 2022 (de 1.954,63 para 1.960,72), já descontando a inflação. No entanto, o valor é inferior ao que vinha sendo pago aos trabalhadores admitidos em janeiro (2.041,25 reais) e fevereiro (1.990,78 reais).

“Apesar do número de março, não acredito que estamos em um processo de geração acentuada de novas vagas. A remuneração, por exemplo, continua estável, não tendo havido crescimento significativo na média”, avalia Gilberto Braga, economista e professor de finanças do IBMEC.

Você precisa saber

MPT realiza audiência pública para buscar soluções contra a subnotificação de acidentes de trabalho no Sergipe – O estado do Sergipe ocupa um dos piores índices de subnotificação do Brasil em relação aos acidentes de trabalho: de cada 15 casos, apenas um é notificado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Sistema Sinan. Para buscar uma solução para o problema, o Ministério Público do Trabalho (MPT) no estado realizou duas audiências públicas sobre o tema com gestores municipais, Cerests e entidades hospitalares das redes pública e privada. O objetivo das audiências foi conscientizar os municípios onde há mais subnotificações sobre a necessidade de reportar as ocorrências a fim de que as instituições competentes possam traçar um diagnóstico e evitar novos acidentes de trabalho. Além disso, os encontros serviram para alertar que o descumprimento da legislação pode acarretar ações civis públicas contra os municípios que não estejam cumprindo a legislação trabalhista. “Deixar de emitir a CAT tem efeitos individuais negativos, mas quando tratamos da notificação Sinan o objetivo é coletivo, é trazer um espelho, uma realidade fidedigna do que acontece, para que o Ministério Público, em conjunto com as entidades parceiras, possa identificar em que município está tendo muito adoecimento, em qual empresa ocorrem muitos acidentes de trabalho, qual máquina, qual agrotóxico está gerando esse adoecimento para as pessoas. Então é através da notificação que vamos saber o que combater”, enfatiza o procurador do Trabalho.

DIEESE publica estudo sobre os 10 anos da PEC das Domésticas – O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou no mês de abril um estudo sobre o cenário após a primeira década desde a criação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 72, em 2013, a chamada PEC das Domésticas. Em 25 páginas, o relatório aponta que a expectativa de melhoria na qualidade de emprego no setor não se cumpriu. E pior, o cenário teria se tornado ainda mais crítico do que era 10 anos atrás: as trabalhadoras domésticas estão mais pobres e na informalidade, logo, sem acesso aos direitos trabalhistas, e veem suas rendas estagnadas. Entre os pontos que colaboraram para esta piora geral do quadro no mercado de trabalho para empregadas domésticas estão a crise econômica de meados de 2014 – que persistiu na maior parte da primeira década de vigência do novo estatuto da profissão e afetou as famílias -; a reforma trabalhista de 2017 (Lei 13.467/2017), que permitiu a flexibilização de contratos e a restrição de acesso à Justiça do Trabalho; e, mais recentemente, a crise sanitária da Covid-19, que trouxe a necessidade do isolamento social e impediu as trabalhadoras de exercerem suas funções. Assim como há 10 anos, as mulheres seguem sendo maioria entre os trabalhadores do ramo (91,4% contra apenas 8,6% de homens), negras (67,3%) e estão ficando mais velhas, com crescimento da participação das trabalhadoras das faixas de 45 a 59 anos e de 60 anos ou mais. A maioria, atualmente, está na faixa etária a partir de 45 anos (49,2%). O estudo completo pode ser conferido na página do DIEESE.

Análises

Para homem ler

Por Marília Pacheco Sípoli, para Rede Lado.

A autora reproduz frases que mulheres ouvem desde sempre em uma versão direcionada para homens. Ela aponta que o estranhamento quando invertemos os “papeis” deveria ocorrer sempre, mesmo quando as falas são voltadas às mulheres. Continue lendo

O machismo e a realidade

Por Juliana Alexim, para Rede Lado.

A autora parte do caso do influenciador “red pill” que ameaçou uma atriz após ela publicar vídeo nas redes sociais ironizando o discurso machista dele. O artigo apresenta dados sobre violência física e verbal contra as mulheres no Brasil, onde no último ano, 18,6 milhões sofreram algum tipo de agressão, e também fala da legislação criada para punir esses crimes. Continue lendo

Antes de sair…

Eventos

  • A Associação dos Advogados de São Paulo oferece nos dias 2, 3, 9 e 10/5 curso híbrido sobre privacidade e proteção de dados.
  • Seminário on-line aborda “A Ascensão da Inteligência Artificial Generativa e Seus Impactos Jurídicos” nesta quarta-feira, 3/5, das 9h às 12h.
  • Webinar aborda a evolução e as perspectivas dos acordos de leniência nos 10 anos da Lei 12.846/2013, na quarta-feira, 3/5, às 18h.
  • Próxima edição da série “Debates Previdenciários” que discute questões ligadas ao INSS, ocorre nesta quarta-feira, 3/5, das 19h às 20h30, com transmissão virtual.
  • A reforma da Lei de Falência e Recuperação é tema de outro seminário on-line na quinta-feira, 4/5, das 9h às 12h30.

Dicas culturais

  • Cinema: em cartaz nas salas brasileiras, “Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan” resgata clássico de Alexandre Dumas novamente em longa-metragem com elenco famoso.
  • Videocasts: sete produções de “Invisíveis – Histórias Para Acordar”, com depoimentos reais de mulheres que sofrem violência doméstica e de gênero, serão lançados no dia 2/5, a partir das 12h, no YouTube e Spotify.
  • Música: Dolores Duran ganha homenagem em novo álbum da cantora Maria Marcella, com sucessos da intérprete e compositora carioca.
  • Série: “Sweet Tooth” chega a sua segunda temporada com oito episódios já disponíveis na Netflix.

Mattel cria Barbie com Síndrome de Down

Seguindo a linha de que a representatividade importa, sim, a Mattel, empresa fabricante da boneca mais famosa do mundo, criou uma versão da Barbie com Síndrome de Down. O modelo tem estrutura mais curta, braços mais longos, olhos arredondados, orelhas menores e a ponta do nariz achatada. “Nosso objetivo é permitir que todas as crianças se vejam na Barbie, enquanto também encorajamos crianças a brincarem com as bonecas com as quais elas não se parecem”, disse Lisa McKnight, vice-presidente executiva e diretora global da Barbie & Dolls. A Barbie vem vestida como as cores de campanhas de conscientização da Síndrome, azul e amarela, e ainda com um colar que representa a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome.