Em maio, o valor da cesta básica ampliada divulgada pela Fundação Procon de São Paulo, custou R$ 14,12 a mais do que o salário mínimo na capital paulista.
A cesta ampliada subiu 1,36% em maio, para R$ 1.226.12 – o piso nacional está em R$ 1.212 desde janeiro deste ano, quando foi reajustado em 10%, sem o aumento real garantido pela política de valorização que Bolsonaro exterminou.
Quatro meses depois, o valor do mínimo já é insuficiente para comprar uma cesta básica ampliada, cujo valor subiu 12,69% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta é de 18,07%, segundo a Fundação Procon-SP.
Quando a política de valorização do salário mínimo ainda estava em vigor, em setembro de 2019, o piso nacional era de R$ 998, comprava uma cesta de R$ 739,07 e sobravam R$ 258,93.
Diferenças entre as cestas básica ampliada e a tradicional
A pesquisa da cesta básica ampliada, realizada após a assinatura de um convênio entre o Procon e o Dieese, considera a renda média de São Paulo e acompanha os preços de 41 produtos essenciais de alimentação, limpeza e higiene pessoal.
Já a tradicional pesquisa nacional do Dieese sobre os preços da cesta básica nas capitais, acompanha os preços de 13 produtos básicos, como está definido no Decreto Lei nº 399/1938.
No Brasil, 36,4 milhões de trabalhadores formais e informais ganham o salário mínimo atualmente – 8,2 milhões a mais do que no final de 2018, quando Bolsonaro ganhou a eleição presidencial.
Fonte: CUT e Dieese